26 de set. de 2011

Ceifador de Versos

Desapareceram-me os versos,
Em algum momento pensei
Tê-los escritos, em páginas
Arrancadas do meu primeiro caderno,
Retiradas em uma noite mal dormida.
Desapareceram os vestígios que
Deixei para que os encontrassem
Para que os resgatassem
Da solidão a que foram entregados os versos
Não mais os entregaria, se a mim
Coubesse encontrá-los, os guardaria
Na memória eterna dos versos
Que preferi esconder para mim mesmo.
Desapareceram as esperanças
Pois as deixei fora do caminho
Acaso, encontraria eu aquilo
Escondido não para mim.
Mas eles estão lá, esperando
Quem os achará?
Se eu pudesse os leria agora
Para me lembrar, de para quem
Os escrevi , versos
Tão secretos, tão trabalhados
São enfim, obsoletos
Pois versos também precisam ser amados.

3 comentários:

Anônimo disse...

como sempre hehe muito bom

Frederico disse...

Valeu Carlos!

Patrésio Camilo disse...

Eu ja li esse texto, e confesso que toda vez que o vejo, ainda o acho bonito como na primeira vez que o li!

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